Em depoimento ao Ministério Público boliviano, Ruiz assumiu fazer parte da organização terrorista e disse que permaneceria na Bolívia como "garantia" para o pagamento que seria realizado pelos traficantes do Comando Vermelho. Estima-se que os bolivianos receberiam 2,5 milhões de dólares pela remessa.
Esta foi a primeira evidência da joint venture firmada entre o EPP e os brasileiros do CV para o tráfico de cocaína a partir da Bolívia. As autoridades brasileiras já conheciam as relações das duas organizações para a produção e tráfico de maconha e armas do Paraguai para o Brasil.
Segundo as autoridades bolivianas, Santulhão já era investigado no país, de onde ele já havia conseguido fugir duas vezes. Ele e Ruiz operavam juntos pelo menos desde 2009, o que sugere que a sociedade entre o EPP e o Comando Vermelho tem pelo menos seis anos.
Esta não é a primeira vez que são revelados vínculos entre traficantes brasileiros com o terrorismo internacional. No ano passado, o jornal O Globo publicou relatórios da Polícia Federal que revelavam os vínculos do PCC com a organização libanesa Hezbollah. Em 2001 foram revelados os vínculos de Fernandinho Beira-Mar com as Farc, da Colômbia.
Fonte: Veja
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