
Como eu venho avisando há muito tempo, no 17/9 o STF e a OAB deram um golpe. Bepe Damasco confessa:
"Depois que o STF decidiu pôr fim à deformação das eleições brasileiras através do dinheiro, proibindo doações de empresas a candidatos e partidos, representantes da direita e seus porta-vozes no monopólio da mídia reagiram de forma furiosa. Direto ao ponto: a verdadeira causa do esperneio é a mudança geral do panorama das próximas eleições, nas quais os partidos de esquerda, especialmente o Partido dos Trabalhadores, por contarem com militância não paga, projeto coletivo e ideologia, podem sair em vantagem. A reação colérica de Gilmar Mendes durante o julgamento deve ser creditada a essa constatação."
É preciso de mais? Claro que não.
O fato é que na questão do financiamento de campanha, a luta deveria ser para acabar com o financiamento estatal oculto.
Bepe deixou o golpe claro. Para
revertê-lo, o Congresso deveria vetar doações de pessoas físicas de
pessoas que receberam verbas do MinC, da Lei Rouanet, que tenham
participado de sindicatos em qualquer cargo, que pertençam a ONGs
recebedoras de verba estatal, que pertençam a movimentos que tenham
recebido verba estatal e daí por diante.
E isto seria só o começo. Em seguida, a
luta deveria ser para reduzir em 80% o orçamento do MinC, assim como da
verba estatal para Internet. Em ambos os casos, leis prevendo critérios
objetivos para os recebedores de verbas deveriam ser implementadas.
Anúncios de estatais monopolistas deveriam ser proibidos. Publicidade
institucional que não esteja relacionada a enchentes ou campanhas de
vacinação deveriam ser proibidas.
Os golpistas não estão dizendo “cada
pessoa, um voto” para defender o fim do financiamento empresarial?
Então
tínhamos que adotar o lema “o estado não vota”, e eliminar os pontos
pelos quais se pode obter financiamento estatal oculto para campanhas.
Se essa proposta fosse à frente, o
sorrisinho da cara dos petistas (com o fim do financiamento empresarial)
iria sumir num piscar de olhos.
Fonte: Ceticismo Político
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