Reverendo Milton Santana
Do Dicionário Aurélio: AMULETO é “pequeno objeto (figura,
medalha, figa, etc.) que, desde a mais alta antiguidade, alguém traz
consigo ou guarda por acreditar em seu poder mágico passivo de
afastar desgraças ou malefícios”; FETICHE é “objeto animado ou
inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual se
atribui poder sobrenatural e se presta culto”; SUPERSTIÇÃO é
“sentimento religioso baseado no temor ou na ignorância, e que induz
ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à
confiança em coisas ineficazes”. A Enciclopédia Britânica diz que
AMULETO é ”designação genérica de diferentes objetos aos quais se
atribui a virtude mágica de guardar ou proteger quem o porta. Usados
tradicionalmente para afastar o azar e trazer sorte”. SUPERSTIÇÃO –
“É uma atitude de espírito, crença ou prática mágico- religiosa para
as quais não há explicação lógica e que se baseiam na convicção de que
certos atos, palavras, números ou objetos trazem males, benefícios,
azar ou sorte. As superstições, de modo geral, podem ser classificadas
como religiosas, culturais e pessoais”.
Dentre os diversos tipos de amuletos (olho de
boto ou do peixe-boi; a ferradura, a meia-lua, a estrela-de-davi) a
figa é o que alcançou maior popularidade. Usada para combater a
esterilidade e o mau-olhado, é representada por uma mão humana
fechada com o polegar entre os dedos indicador e médio. Enfim, amuleto
é uma figura, medalha ou qualquer objeto portátil, qualquer coisa a
que supersticiosamente se atribui virtude sobrenatural para livrar seu
portador de males materiais e espirituais, e para propiciar
benefícios nessas áreas.
Ao aceitarmos o senhorio de Jesus, recebemos o
Espírito Santo (1Cor. 6:19 - Efésios 1:13); nossos pecados são
perdoados (Atos 10:43 - Rm 4:6-8); somos recebidos como filhos de
Deus (JO. 1:12); se somos filhos, logo somos também herdeiros de Deus
e co-herdeiros de Cristo (Rm. 8:17); passamos da morte espiritual
para a vida espiritual (1 Jo 3:14); somos novas criaturas (2 Co
5:17); o diabo se afasta e não nos toca (Tg 4:7; 1 Jo 5:18); não
estamos mais sujeitos às maldições (Jo 8:32, 36); podemos usar o
nome de Jesus para curar enfermos e expulsar demônios (Mc 16:17-18); a
salvação nos leva a um relacionamento pessoal com nosso Pai e com
Jesus como Senhor e Salvador (Mt 6:9; Jo 14:18-23); estamos livres da
ira vindoura (Rm 5:9; 1 Ts 1:10; 4:16-17; Ap 3:10), além de outras
bênçãos.
Em razão disso, somente o retorno voluntário ao
pecado poderá alterar a nossa situação diante de Deus (Jo 15:6). O
uso de qualquer objeto, seja no corpo, seja em nossa casa, não melhora
em nada a nossa condição de filho, de herdeiro, de abençoado, de
isento das investidas do diabo. Objetos não expulsam demônios, não
quebram maldições, não substituem o poderoso nome de Jesus.
O nome de Jesus não pode ser substituído por um
objeto ou um produto industrializado. O uso de amuletos evidencia não
uma atitude de fé, mas de falta de fé. Deus não opera por esse
meio, sejam cordões, pulseiras, pirâmides, cristais, velas ou qualquer
outro produto. A Bíblia não apóia tal prática. A atitude de fé é
o esperarmos no Senhor e Nele confiarmos. Alegremo-nos no Senhor
e Ele nos concederá os desejos do nosso coração (Salmos 23:1;
37:4-7).
A nossa confiança deve ser depositada no Senhor.
“Bem-aventurado o homem que Poe no Senhor a sua confiança” (Sl 40:4).
Se dividirmos a nossa fé entre Deus e os amuletos estaremos
coxeando entre dois pensamentos. Não é esta uma manifestação de fé,
mas de incredulidade, de dúvida nas promessas de Deus. E a dúvida é
inimiga da fé (Mt 21:21). “Abraão não duvidou da promessa de Deus,
deixando-se levar pela incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando
glória a Deus, estando certíssimo de que o que ele tinha prometido
também era poderoso para cumprir” (Rm 4:20-21). Abraão creu na
promessa de que seria pai de muitas nações. Aguardou confiantemente.
Não apelou para objetos, amuletos, cordão, pulseiras, vassoura atrás
da porta.
Os amuletos, longe de serem veículos de bênçãos,
podem trazer maldições, porque a fé não está centralizada
exclusivamente em Deus. Podemos ler Isaías 31:1 assim: “Ai dos que
confiam no poder místico dos amuletos, mas não atentam para o Santo
de Israel, nem buscam ao Senhor”. O uso de amuletos pelo povo de Deus
equivale a tomar o caminho de volta para o Egito. As nossas
superstições foram deixadas no esquecimento. Não precisamos limpar
nossos olhos com óleo ungido para não vermos as coisas do mundo.
Pela ação do Espírito em nossas vidas, já morremos para essas coisas,
para o sistema mundano, para o pecado. O Espírito que em nós opera
não nos permite colocar coisas impuras diante de nossos olhos (Salmos
101:3).
Os objetos, ou qualquer tipo de
material seja sólido ou líquido, do reino mineral ou do reino vegetal,
não servem para aumentar a fé dos cristãos. O que transmite fé, o
que proporciona fé, o que dá origem à fé, é a palavra de Deus (Rm
10:17). Jesus não distribuiu qualquer tipo de objeto para
melhorar a fé de seus ouvintes. Nos primeiros passos da Igreja, vemos
Pedro e demais apóstolos anunciando insistentemente o Cristo vivo, e
falando com paciência dos mistérios de Deus e das palavras de Jesus. E
todos se enchiam de alegria, e milhares aceitavam o Evangelho.
“Disse-lhes Pedro: arrependei-vos, e cada um seja batizado em nome de
Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E os que com grado receberam a
sua palavra foram batizados, e naquele dia agregaram-se quase três
mil almas” (Atos 2:38-41).
O uso de amuletos é incompatível com a vida
cristã e não proporciona prosperidade material ou espiritual a
ninguém. Quem deseja viver uma vida de paz e de abundância deve
buscar “primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas” (Sl 37:25; Mt 6:33; Mc 10:29-30; Lc
12:31; Jo 10:10). Para viver a sua fé o cristão não precisa de
figas, de cordão de ouro, varinha mágica, porque as maldições não
prevalecem contra nossas vidas. “Como o pássaro no seu vaguear, como
a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não encontra
repouso” (Pv 26:2). A maldição nos alcança se não estivermos sob a
proteção de Deus, se não confiarmos Nele, se estivermos em pecado.
A fé cristã rejeita o uso de
qualquer objeto com o propósito de obter favores espirituais ou evitar
a influência demoníaca. Do Egito já viemos. Das superstições já
nos libertamos. Do jugo do opressor já estamos livres. Da Babilônia
espiritual já saímos. Cristo quebrou na cruz todas as amarras,
grilhões, embaraços; quebrou os fortes laços que nos prendiam ao
mundo das trevas (Gl 3:13). Um irmão escreveu num fórum de debate:
“Deus nos fez livres, livres de contatos físicos para O sentir, livres
de pontos de apoio, para crer, livres de toda e qualquer espécie de
superstição e amuletos, livres para crer num Deus que tudo supre,
tudo faz, tudo opera naqueles que o amam”.
Quando estávamos na ignorância espiritual,
fazíamos uso de incensos e defumadores para afastar os maus espíritos.
A Bíblia nos dá a receita: “Submetei-vos, pois a Deus. Resisti ao
diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:7).
Cristo nos libertou para que sejamos de fato
livres. “Estai, pois, firmes e não torneis a colocar-vos debaixo do
jugo da escravidão” (Gl 5:1).
A superstição é de origem pagã
e mística que na obscuridade espiritual foi introduzida na fé cristã
degenerada como forma de atrair e ludibriar a fé das pessoas dos
favores divinos de forma fácil pelos líderes religiosos que levaram à
incredulidade e rejeição do nome de Cristo como prescreve o evangelho
e a fé que uma vez foi dada aos santos, ou seja, aos remidos pelo
poder do sangue de Cristo vertido na cruz do calvário. As práticas
sempre leva a uma busca de vantagens financeiras para o grupo religioso
que a introduz. A história nos revela que se introduziu na fé cristã
degenerada pelo catolicismo romano na idade média com a venda das
indulgências, a qual, pelo poder aquisitivo dos mais ricos podiam
confortavelmente garantir via igreja um lugar no céu, a introdução ao
culto à Maria mãe de Jesus, a cultuação aos mortos que deu origem à
doutrina espírita que é uma AUTO NEGAÇÃO da obra realizada por Cristo
no calvário para a remissão do pecador. E outras práticas veemente
repelidas pelo evangelho de Cristo e pela Palavra de Deus tanto no Velho
quanto no Novo Testamento. Muitos dos seguimentos hoje ditos
evangélicos herdaram tais práticas por invenções de homens que nunca
tiveram compromissos com o evangelho de Cristo e com as almas que são
preciosas diante do Senhor Deus Criador dos céus e da terra e que nos
amou de tal maneira que nos deu seu filho único, Jesus Cristo, para
que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna
(Evang.João 3:16). Embora haja pelas palavras, a rejeição das práticas
ocultistas e idolatras na aceitação todos são incluídos nas mesmas
condições, mesmo tendo uma Bíblia nas mãos e declarando nela crer,
pois, Deus não é Deus de confusão. Cuidado: Você
poderá estar sendo uma vítima da decadência espiritual, e sem
esperança de salvação da sua alma, que tão somente, o nome do Senhor
Jesus Cristo pode te perdoar, salvar, curar e libertar de todos os
males.
Fonte: Igreja do Evangelho Quadrangular Independente
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